segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Desventuras em série: quinta-feira 13!

Quinta-feira! De repente me lembrei de que era quinta-feira e me animei. Não é pra menos, já havia um bom tempo que tinha ido ouvir música de qualidade bem executada e interpretada. Enfim, será que a prima quer ir com a gente? Ah, deve querer. Tudo combinado e acertado. Eu, Cíntia e a prima fomos então para o toca ouvir Dayane e seus blue caps!


Estava tudo muito bem e tal, Cíntia e a prima já animadas com a vodka e a cerveja e eu só no guaraná. No intervalo mudamos de mesa por algum motivo que não me lembro agora, mas a mesa antes era ocupada por um senhor e então surgiu ali uma dívida. Poxa, pegamos o lugar dele. Nossa prima já foi logo fazendo amizade com o cara que se sentiu no direito de se sentar conosco. Tudo bem quanto a isso, não sou tão anti-social assim a ponto de não poder dividir uma mesa. Pelo contrário, adoro fazer amizades novas, só não demonstro isso. Mas tudo bem, o senhor se instalou lá e começou a distribuir elogios e a falar de música. O entrosamento dele com a prima foi perfeito. Ela acompanha o trabalho dele há um bom tempo. Eu não conhecia, mas realmente, pelo o que ouvi, parecia ser muito bom.


O nível de intimidade foi crescendo entre ele e a prima (fã número 1) e generosamente ele estendeu a atenção dispensada à ela a mim. Admito que sou chata boa parte do tempo, mas queria, no mínimo, ouvir o que estava sendo cantado. O problema é que isso se tornou impossível e não sei de onde ele achou que eu pudesse estar interessada nele. Vou me explicar mais uma vez. Em outras circunstâncias ele seria até muito atraente. Só seria necessário ele fazer uma cirurgia de mudança de sexo, talvez dar um corte legal no cabelo e ser algumas décadas mais novo. Mas não era o caso e teria que me contentar com a conversa fiada de que eu parecia a ex-namorada dele de forma educada.


A noite continuava, eu querendo ouvir a Dayane, o senhor não deixando, me entregando cartão, anotando telefone, perguntando signo, idade, a cor da calcinha (eu não estou brincando), orientação sexual (não, isso a topeira não perguntou, ingênuo todo), dizendo que ia entrar pra família e eu pensando: como? Nessa mesa você não arranja nada. É incrível como ele foi escolher a pior mesa do bar para isso, com três mulheres que, aliás duas mulheres e uma adolescente, como eu posso explicar? Pra ter idéia uma tem tatuada uma letra japonesa, coreana, chinesa, não sei, que significa mulher. Eu estava mais preocupada com a musicista, digo com a música e a adolescente de gênero duvidoso não precisa nem falar, sua fama se arrasta pela Medina.


A prima e a Cíntia bem que tentaram levar o senhor para fora do bar, despistá-lo lá fora e voltar sozinhas, mas ele sempre voltava. Cedo ou tarde ele voltava e cada vez mais audacioso. Nem com as diquinhas da Cíntia ele se tocava e olha que qualquer um se tocaria. Mas ele não. Chegou ao ponto de eu mudar de mesa, falar: já ta bom né? E nada, ele continuava ali, pedindo pra mandar beijo e o escambal.


E foi assim que tirei a sorte grande, conhecer esse senhor lindíssimo e charmoso que parecia ter saído das profundas. Pra terminar ainda nos chamou para “tocar violão” na casa dele. Sei o violão que ele queria tocar. Rum! Ah sim, ainda apareceram outras criaturas de meia idade que me surpreenderam com o conhecimento astrológico e com a cara de pau. Sem contar o nível da cachaça do sangue que confundia um tic nervoso de Cíntia com uma charmosa piscadela.


Fim de noite e fim de papo.


P.S.: no dia seguinte Cíntia teve um pequeno mal estar na rua caracterizado por impulsos involuntários vindos do estômago seguindo de um “rauuuuuuuul!” e colocou a culpa em um cachorro quente que nem sequer foi comido. Mamis acreditou e ainda disse que ela deveria ter tomado boldo, que boldo curava até cachaçada, imagina um mal estar de um inofensivo cachorro quente.

4 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    ADOREIIIII... lol afff bendita quinta-feira , bendita simpátia! rs

    ResponderExcluir
  2. Você nunca bebe, a bebida que se joga dentro de você, é uma atração fatal!

    ResponderExcluir